A tal coalizão

Coluna O Fim do TúnelMas não era para a tal coalizão contra Kadafi proteger os civis, postos em perigo pela força do ditador? Como é que agora até o Vaticano denuncia que as tais forças aliadas cometem os mesmos crimes que o cruel Kadafi? E o pessoal que escreve para sites, dizendo que o ditador líbio tinha colocado o rabo entre as pernas e fugido? É uma questão de petróleo, essa guerra: “é a economia, estúpido.”

Tudo no Brasil vira torcida, tipo Fla x Flu, Coríntians x Palmeiras, Atlético x Cruzeiro: paixão pura nas opiniões.

VEREADOR GAROTINHO

O vereador Garotinho continua a ignorar os inúmeros pedidos da coluna e de outros blogueiros para que dê o nome dos profissionais de imprensa que achacam a prefeitura: “já falei para o padre que dê a eles 200 reais, pois é o que precisam para comprar maconha, crack e cocaína”, afirmou o vereador, em sessão da Câmara transmitida pela Rádio Difusora AM. Não é a primeira vez que o vereador acusa sem provas, refugiando-se depois no silêncio mais tumular, fugindo ao dever de dar nomes aos faltosos. Fazendo isso, o vereador falta ao seu dever com todos os munícipes, até porque é preciso que a comunidade saiba quem são os maus profissionais.

Até quando ele vai persistir nesse procedimento estranho?

Nada contra lembrar o aniversário de emancipação de Teixeira, tudo contra o modelo da festa.

CASO IVAN ROCHA

Depois de 20 anos de investigações mal conduzidas, prescreveu o seqüestro e a morte de Ivan Rocha. A vergonha da impunidade já era imensa, agora, além de imensa, ela é oficial. Como é que pode prescrever um crime que nem ao menos foi investigado, que sofreu toda a pressão de poderosos para ficar no ostracismo? Continuaremos a cobrar a solução dessa vergonha, mesmo sabendo que as chances de esclarecimento são mínimas.

A Liberdade está ferida na Bahia.

D. VALDELIRA DE JESUS

Para uma pessoa o crime contra Ivan Rocha jamais prescreverá: para D. Valdelira de Jesus, mãe do jornalista. Ela perdeu o filho e nem a ele conseguiu sepultar de acordo com sua crença cristã. Perdeu o arrimo de família e ganhou a dor. Por último, vem sofrendo a maldade das pessoas que não respeitam nada e dizem a ela que Ivan está numa boa, vivendo à farta em Miami. Enquanto carrega a cruz, D. Valdelira se torna na personagem Angélica, da música de Chico Buarque:

“Quem é essa mulher

Que canta sempre esse estribilho…

-Só queria embalar meu filho que mora na escuridão do mar…

Quem é essa mulher

Que chora como dobra o sino

-Queria cantar pro meu menino

Que ele já não pode mais cantar…”

Que pelo menos não se apague a memória da infâmia.

BUÑUEL

Quem acha que esquecer crimes como o de Ivan Rocha é solução, devia assistir “O Fantasma da Liberdade”, de Buñuel.

A impunidade choca o ovo da serpente.

PRAIA GIRÓN

Há 50 anos o povo cubano vencia o imperialismo americano em Praia Girón. “A vitória de Cuba contra uma invasão organizada e financiada pelo governo dos Estados Unidos há quase 50 anos permitiu novas oportunidades históricas de liberdade para os povos latino-americanos.

Menos de 72 horas bastaram às Forças Armadas Revolucionárias da ilha, lideradas pessoalmente por Fidel Castro, para derrotar o desembarque de uma brigada inimiga pela Praia Girón, ocorrido em 17 de abril de 1961.

Os invasores pretendiam tomar inicialmente esse ponto da ocidental província de Matanzas, conhecido como Baía dos Porcos para os círculos políticos de Washington, instalar ali um “governo” paralelo que a Casa Branca reconheceria, e depois avançar sobre a capital cubana.

Como prelúdio ao desembarque, em 15 de abril, aviões militares com insígnias cubanas, mas procedentes da América Central e tripulados por contrarrevolucionários, bombardearam aeroportos de Havana e Santiago de Cuba.

Cuba inteira se colocou em pé de guerra e, na esquina central de 23 e 12 do bairro da capital Vedado, durante a despedida do duelo das vítimas dos ataques aéreos, Fidel Castro proclamou o caráter socialista da Revolução iniciada em 1 de janeiro de 1959.” (Prensa Latina).

Sempre maior do que se conta, o imperialismo americano também, muitas vezes, conhece derrotas.

Praia Girón e o Vietnã são exemplos.

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