A ostentação dos bens

“Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provêm do Pai, mas do mundo.” (1João 2.16)

A ostentação dos bens é algo que não provém de Deus, mas de um estilo de vida em que possuir é a mais desejada forma de ser. É também uma clara evidência de pobreza interior. Um tipo de pobreza que sempre é maior e dura mais que qualquer riqueza exterior que usemos para ocultá-la. Deus é modesto, embora seja Deus. Ele veio a nós na pessoa de Cristo e Ele demonstrou que nada teve mais valor do que pessoas. Ele não possuiu coisa alguma, sendo ao mesmo tempo o dono de tudo. Ele não nos proibiu de possuir, mas disse que não devemos ser o tipo de acumuladores de riquezas para quem o amor a Deus e às pessoas fica em segundo plano. Ensinou que nossa segurança não está em coisas que possamos ter, ainda que representem grande fortuna (Mt 6.19 e Mc 10.25).

O salmista disse: “se as suas riquezas estão aumentando, tenha cuidado para não colocar seu coração nelas” (Sl 62.10). Para que possamos possuir nossas riquezas, e não o contrário, elas devem estar em nossas mãos, não em nossos corações. Devemos ser capazes de usá-las, colocando-as a serviço do amor a Deus e ao próximo. Do contrário viveremos para elas. Elas serão o que de mais valioso teremos na vida. Vamos até nos sentir importantes por causa delas. Isso nos corromperá, nos confundirá, endurecerá nosso coração e seremos insensíveis e preconceituosos, fúteis e afetados. Seremos movidos por vaidade, orgulho e presunção. Será uma perda enorme viver assim.

Em lugar de ostentar bens, devemos torna-los uma benção para nós e para os outros. Devemos ser gratos e responsáveis pelo que temos. Afinal, como disse Jesus na parábola do administrador fiel, “A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido” (Lc 12.48). Esta é uma das razões porque devemos entregar dízimos e ofertas: é uma forma de demonstrar submissão e fé. Se há ostentação em nós, isso revela nossa pobreza interior. Uma correta administração de nossos bens, que envolva mais que apenas egoísmo, revelará nosso equilíbrio e nosso caráter cristão. Tendo muito ou pouco, honremos a Deus com tudo que temos!

ucs

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