“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! Conforme a sua grande misericórdia, ele nos regenerou para uma esperança viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança que jamais poderá perecer, macular-se ou perder o seu valor.” (1 Pedro 1.3-4)
Das certezas que o Evangelho de Cristo nos trouxe, a certeza da grande misericórdia de Deus é uma das mais fundamentais. Ela é filha da graça de Deus. A misericórdia de Deus é a manifestação prática da graça de Deus. A misericórdia é a ação, a graça, a condição. Conhecer o Evangelho nos coloca frente a frente com a disposição constante de Deus em nos fazer bem. Ele é nosso amigo e está do nosso lado. Ele sabe quem somos (e como sabe!) e nos ama. Seu amor é tanto que Ele nos enviou Jesus. Paulo disse que, quando nos arrependemos, isso já é resultado de Sua tolerância e paciência para conosco (Rm 2.4). Pedro escreveu esta carta aos cristãos de várias regiões. Ele os chama de peregrinos, lembrando-os da grande misericórdia de Deus. Em meio à desesperança quanto às coisas aqui, ele lhes falou da viva esperança que há em Cristo.
As condições que enfrentavam não eram fáceis. Isso poderia abatê-los. Abatimento nem sempre é ruim. Às vezes, é pelo abatimento que somos transformados. Mas quando nos abatemos de uma maneira que nos sentimos esquecidos por Deus, isso nos faz muito mal. Às vezes, o abatimento torna-se destrutivo e um grande perigo, incapacitando-nos para a vida e cegando-nos para Deus. Olhamos o tempo todo para baixo, para os problemas, para o que falta e o que dói. Tudo que sentimos é o quanto somos miseráveis e fracos. Perdemos de vista o amor e a graça de Deus. Satanás, a quem as Escrituras chamam de “acusador” (Ap 12.10), sabe bem como nos levar a esses becos sem saída! Mas a tristeza ou o abatimento não precisam ser destruidores em nossa vida.
Eles podem ser instrumentos de Deus em nossa vida. Com a presença de Deus a tristeza e o abatimento nos ajudarão a mudar (2 Co 7.9), e para melhor. Podemos estar abatidos, mas não seremos destruídos (2 Co 4.9). A misericórdia de Deus nos fortalece com a certeza de que não seremos esquecidos ou rejeitados. É como Paulo declarou: “Tenho certeza de que não há poder, circunstância ou acontecimento que signifique que Deus deixou de nos amar” (Rm 8.38-39). Em meio às nossas crises, sejam elas de que tipos forem a grande misericórdia de Deus muda tudo. Ele escolheu nos amar. Não devemos nos impressionar tanto com o mal, seja o que nos rodeia, seja o que nos habita, quanto com a misericórdia ofertada por Deus! Ela renova-se cada manhã (Lm 3.22). Celebre-a hoje!