“De manhã ouves, Senhor, o meu clamor; de manhã te apresento a minha oração e aguardo com esperança.” (Salmos 5.3)
Para aprender a ser sincero diante de Deus, preciso ser frequente diante de Deus. Conquanto seja bom que num certo dia eu experimente algo intenso com Deus, em que me sinta particularmente com a alma lançada diante dele, preciso aprender a, diária e continuamente, orar minha oração. Ainda que simples, mas sincera. Ainda que pequena e infantil, mas que seja “minha” oração. Fomos criamos para conversar com Deus assim e a falta desse diálogo rouba nossa sanidade. Devemos ser capazes de viver com coragem e agir com sabedoria, mas para isso precisamos aprender a orar diariamente, pedir a Deus e esperar nele.
Precisamos aprender a fazer a nossa oração, uma oração pessoal e que leve a Deus um retrato de como estamos e como nos vemos. Há muitas orações e algumas pessoas gostam de ter uma oração para lerem, fazendo-a sua. Não é errado e nem há problema. Mas não é o suficiente. Orar a “minha oração” dá mais trabalho, exige mais. Coloca-me em contato comigo, com minhas verdades, com meu mundo. Um mundo confuso, oculto, dissimulado. Ao orar a “minha oração” algumas ou muitas vezes perceberei que duvido mais do que creio. E isso é desconcertante diante de Deus, que tudo vê e sabe. Mas é este o caminho. Com sinceridade devo orar e deixar diante de Deus o que for preciso, ainda que saia dessa conversa envergonhado.
O salmista ora pela manhã, ao começar o dia. Ele fala com Deus e apresenta a “sua oração”, não a de outrem. E então ele aguarda. Ele fica na expectativa porque sabe que Deus sempre responde. Ele tem esperança, porque sabe que Deus é bom. Quando oramos talvez Deus faça exatamente o que desejamos, talvez nada faça do que desejamos, talvez simplesmente fique em silêncio. Mas nós precisamos orar e orar a nossa oração – sinceridade – porque Deus sempre responde. Podemos aguardar com esperança. Prontos para agir. Pois, antes de mexer com Deus, nossa oração sincera mexerá conosco mesmos.