“Melhor é o pouco do justo do que a riqueza de muitos ímpios” (Salmos 37.16)
Acreditamos mesmo nisso? É claro que, em relação ao “justo” e ao “ímpio”, não há dúvida. O justo é melhor. Mas a questão do “pouco do justo” e da “riqueza de muitos ímpios”… Note que o salmista compara o pouco de “um” justo com a riqueza de “muitos” ímpios e diz que é melhor aquela do que estas. O que há de tão bom em ser justo, ético, correto, que suplante o que o dinheiro pode comprar?
Se formos sinceros admitiremos que pensamos mais em dinheiro do que em ser justos. Nos ocupamos mais de nossos créditos ou débitos do que de nossos erros e acertos. É assim que são as coisas nesse nosso mundo, em que Deus fica guardado no templo ou recluso aos momentos espirituais. E, sinceramente, acabamos sendo duas pessoas: uma quando pensamos em Deus e outra quando nos desocupamos dele. Neste salmo a justiça é ensinada como o caminho para recebermos o cuidado e a bondade de Deus. O cuidado de Deus está sobre os justos, mas Ele reprova o caminho dos ímpios.
Não se trata de ser protestante ou católico, renovado ou tradicional, de ser “filho de Deus”, “cabeça e não cauda” como dizem alguns, mas do quanto nossa fé em Deus afeta nosso estilo de vida. Deus perdoa nossos erros, mas não abençoa nossa iniquidade. Lembra-se daquela oração dos corruptos apresentada na mídia, agradecendo a propina recebida? Aquilo é afronta contra Deus. O pouco do justo é melhor porque com o coração do justo é que está o favor do Senhor. Precisamos ser mais justos. É assim que demonstramos o quanto somos cristãos.