“Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?” (Romanos 2.4)
Se somos todos iguais, fracos, imperfeitos, capazes de transgredir os valores que nós mesmos afirmamos defender, haveria algo nobre que poderia nos distinguir uns dos outros? Na perspectiva cristã sim. Em meio a pecadores de todos os tipos, há um tipo de gente que se distingue: os que se arrependem. Arrepender-se significa reconhecer o mal ou seu fruto, o erro, e decidir fazer mudanças. Pessoas que se arrependem são um tipo especial, pois são a esperança de que as coisas podem mudar.
Porém, há um risco de os arrependidos julgarem que arrependem-se porque, de alguma maneira, há neles uma bondade intrínseca que os diferencia dos outros e os leva ao arrependimento. Porém, aos olhos de Deus, somente com Sua ajuda podemos trilhar o caminho do arrependimento. Nas palavras de Paulo, a bondade de Deus é o que nos oportuniza o arrependimento. Não ver os fatos assim é desprezar as riquezas da bondade divina, além de sua tolerância e paciência.
A distinção que o arrependimento confere a uma pessoa é que ela se torna mais acessível a Deus. E o incrível, é que Deus mesmo é quem ajuda para que o transgressor se torne um arrependido! Por isso, todo arrependido deve manter-se humilde visto que seu arrependimento é uma dádiva da bondade de Deus. Um arrependido deve, portanto, ver a si mesmo em cada transgressor e crer no poder da bondade de Deus para levar cada transgressor ao arrependimento. É assim que, transgressor a transgressor, Deus promove mudanças no mundo.