14 de junho, Dia do Pastor: uma mensagem sobre liderança e serviço para Deus

14 de junho, Dia do Pastor: uma mensagem sobre liderança e serviço para Deus
Foto ilustrativa/Internet

Anualmente, no segundo domingo de junho, é celebrado o Dia do Pastor Evangélico. A data homenageia líderes de diversas denominações de igrejas cristãs, responsáveis pelo ensino e o direcionamento dos fiéis em acordo aos princípios bíblicos.

Texto bíblico o qual exorta: Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver. (Hebreus 13:7)

Por todo o Brasil, estados e municípios oficializaram o Dia do Pastor e, assim como entre as próprias denominações, a data pode aparecer em outros momentos do calendário.

De todo modo, quem teria instituído essa comemoração?

Fato é que a origem do Dia do Pastor não é totalmente esclarecida, mas um relato sólido vem d’O Jornal Batista, em uma publicação feita em 1981.

O autor reconta um artigo de 05 de maio de 1955, do mesmo veículo, em que explica-se sobre o Dia da Junta de Beneficência.

O pedido que se fazia era de uma oferta especial para a Caixa de Socorros para ajudar os pastores aposentados com pequena aposentadoria e outros que nem aposentaria tinham, na Junta de Beneficência.

Constando a ineficácia do trabalho, sugeriram que se mudasse o nome “Dia da Junta de Beneficência” para “Dia do Pastor”, visto que tudo girava em torno dos chamados para a obra do Ministério da Palavra de Deus.

Como o mês de maio era dedicado às mães, sugeriram que se transferisse o Dia do Pastor para o 2º domingo de Junho e este, então, seria o mês do Pastor. (sic)

O pastor Elson Ribeiro, presidente da Associação de Pastores e Líderes Evangélicos de Teixeira de Freitas (Apetf), escreveu a’OSollo uma mensagem, em João 10.1-28, aos colegas e a todo o povo de Deus.

A mensagem aponta para um conceito: que o termo “pastor” significa “aquele que cuida de um rebanho”. Na idade média os líderes espirituais eram chamados “cura d’alma” ou apelidados de “cura” pelo papel que exerciam ao cuidar de vidas.

Ele aponta que “vivemos um tempo de crise de identidade espiritual. A relativização dos conceitos tem confundido as coisas na sociedade. Muitas pessoas não conseguem definir seu papel ou até mesmo sua própria personalidade. Por isso existe tanta confusão nas igrejas fazendo que as pessoas não compreendam seu papel no corpo de Cristo.

As atribuições ou responsabilidades de um pastor, segundo as palavras de Jesus são:

1) Entra pela porta (v.2): Entrar pela porta significa que para se tornar pastor, passou pelo processo legal oferecido pela igreja, seja este uma eleição, curso teológico, nomeação e principalmente ser consagrado por um superior a ele.

Para crescer no ministério, não é preciso pular a janela fazendo uma divisão ou sendo rebelde contra seu líder. Procura bater na porta e entrar de maneira digna sem passar por cima de ninguém.

2) Conhece as ovelhas pelo nome (v.3 e 14):

Para ser pastor é preciso conhecer as ovelhas. Um líder que não sabe o nome de seus companheiros, nunca foi em sua casa e não participa de sua vida, pode ser um gerente e não um pastor.

A relação do pastor com a ovelha é como se fosse parte da família. Muitas vezes o pastor fica tão cheio de tarefas administrativas que não consegue ter tempo para estar junto com suas ovelhas.

3) Conduzir as ovelhas (v.3c):

Como líder espiritual, o pastor é um condutor para suas ovelhas. Este é o momento em que o pastor aponta a direção para o povo. Infelizmente existem muitos modelos de igrejas onde uma liderança é que conduz a igreja e o pastor também e conduzido pelas decisões deste grupo.

Quem tem autoridade espiritual sobre a igreja para conduzir suas decisões é o pastor. Como homem de Deus, o pastor recebe do Senhor as orientações para o seu povo.

Nas cartas às sete igrejas no apocalipse, quando o Senhor foi corrigir ou elogiar uma igreja, Ele não chamava a diretoria para uma conversa e, sim, o pastor.

4) Ir adiante das ovelhas (v.4):

Em outro momento o pastor passa adiante das ovelhas para que elas possam vê-lo e seguir na direção certa por onde for. Como líder, o pastor é o exemplo a ser seguido na igreja.

Se o pastor é um homem de oração, a igreja ora; se a igreja vê o pastor cuidando de vidas, o povo também cuida.

A igreja é o espelho de seu pastor e segue seu exemplo. O que o pastor faz, vale mais do que suas palavras no púlpito.

5) Dedicar sua vida pelas ovelhas (v.11):

A vida de um pastor é dedicada a suas ovelhas. Somente Jesus deu sua vida para nossa salvação e ninguém mais pode fazer isso, mas este é um exemplo de entrega que deve ser seguido pelos líderes espirituais.

Por isso, Jeremias alerta os pastores que apascentam a si mesmos (Jeremias 23.1-4). Quando se entrega ao ministério, o pastor deixa tudo em prol de ganhar vidas para Deus.

6) Nunca abandonar suas ovelhas (v.12,13):

Jesus deixa bem claro a diferença entre um mercenário e um pastor. O mercenário visa seu interesse e quando não consegue o que quer ou quando enfrenta algum risco, então foge abandonando o rebanho.

Já o verdadeiro pastor, cuida mais ainda de seu rebanho quando percebe as situações perigosas, chegando a arrisca-se pelas suas ovelhas. É nos momentos mais difíceis da vida das pessoas que o pastor se mostra presente e ganha realmente o respeito do povo.

7) Não fazer acepção de pessoas (v.16):

O pastor deve atender toda a comunidade além das que estão na igreja, que são “outras ovelhas, não deste aprisco” e trabalhar pela unidade do povo para que sejam “um rebanho e um pastor”. Para isso o pastor não pode fazer acepção de pessoas dentro ou fora da igreja.

Para o pastor, todos são ovelhas ou almas a serem ganhas para o Senhor. Se o pastor se limitar a atender apenas um grupo, perde a oportunidade de conquistar muitas vidas.

Quando o pastor exerce seu ministério seguindo o exemplo de Jesus, mesmo que seja muito difícil, tudo o que fizer é aprovado por Deus. Então Jesus se torna o real e supremo “pastor e bispo de vossas almas” (I Pedro 2.25).

Já às ovelhas, a mensagem instrui que ouçam a voz do pastor (v.3); sigam a orientação do pastor (v.4); reconheçam a voz do pastor (v.4); não sigam ou ouçam os estranhos (v.5 e 8); valorizem o alimento oferecido pelo pastor (v.9); conheçam o seu pastor (v.16) e acreditem no pastor.

E finaliza: Nesse “dia do pastor”, que possamos refletir sobre o chamado pastoral e as suas implicações. Ao mesmo tempo que é um privilégio, é também uma grande responsabilidade.

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